Dia 05 - Dr. Pedrinho a Rio dos Cedros - 26/12/2013

Quinto dia...

http://cicloturismo.circuitovaleeuropeu.com.br/roteiros/

Acordamos novamente bem cedo para tentar evitar o sol que arrasou ontem. Hoje, antes de partir, falamos com o dono da pousada onde ficaremos a noite, Família Duwe, e estou ansiosíssima por chegar lá! O Sr. Raolino nos passou as informações, que foram devidamente anotadas, afinal, Altos Cedros é bairro rural de Rio dos Cedros. Depois disso, conversamos mais um pouco com Elmar e Lúcia, tomamos nosso café, fizemos nosso lanchinho e partimos.

Nossos queridos Lúcia e Elmar, pousada Cristofolini

Ponto de partida onde terminamos ontem

Logo que partimos de Dr. Pedrinho, passamos novamente por vários arrozais e não me canso dessas paisagens, são mesmo lindas...

No mapa de hoje, há um trecho opcional, uma cachoeira lindíssima chamada Véu da Noiva. Li em algum lugar, que deveríamos caminhar em uma trilha por uns 20 minutos para chegar a tal cachoeira. Deixar minha bike em algum lugar, com todas as minhas coisas, e sair caminhando em uma trilha, não nos agradava muito e devido a má experiência que tivemos ontem, na trilha da cachoeira do 'Tio Bunda', chegamos a cogitar a possibilidade de passarmos 'batido'. No entanto, antes de sair da pousada, pergunto a Lucia e Elmar que nos incentivam muito a ir... eles nos dizem ser possível ir até a cachoeira com as bikes, e assim o fizemos. A trilha tem 1 km... 800 mts conseguimos fazer pedalando, apenas os últimos 200 mt empurramos, devido ao terreno ter muitas raízes e limo. Não nos arrependemos em nada, a visão é mesmo demais! Hoje o Filipe estava mais inspirado que eu e fez umas fotos lindíssimas. 

Logo na sequencia, passamos por trechos fechados de árvores, floresta e muita mata. Este é um dos dias mais isolados do percurso e por sorte sabíamos disso, então viemos prevenidos, muita água, comida e mel.  Em alguns pontos, precisamos atravessar pequenos riachos...

Aquela paradinha básica, no meio da manhã, para o filtro solar e uma reabastecida

Logo, começamos a ver a represa abaixo. 

Após alguns quilômetros, aparece uma casa ou outra...

 

Logo depois do segundo riacho, que atravessamos de bike, avistamos uma casa. Paramos para pedir água e ganhamos muito mais... ganhamos uma boa conversa, uma sombra, suco e muito biscoitos caseiros. Dona Helena é uma senhora muito simpática e hospitaleira. Ela nos contou que por vezes já deu 'pouso' para ciclistas que decidem emendar os dias e acabam chegando aqui tarde e cansados. Propositalmente colocou uma torneira em frente a sua casa, para dar água aos que passam por aqui, assim, ainda que não tenha ninguém em casa, terão acesso a água. Com certeza vou lembrar deste momento...

Tive que dar bons cutucões para meu marido parar de comer rs

O trecho termina na represa do Pinhal, no Altos Cedros. A visão da chegada neste bairro é muito linda... aproveitamos o visual para fazer algumas fotos.

Este é o ponto de referência que nos foi dado pelo Sr. Raolino... passando a pedra branca, a esquerda, depois de 2,5 km haverá um portão com uma bike. Logo após, haverá um banquinho onde ele costuma esperar pelos ciclistas.

Combinamos com ele às 15 hrs, no entanto, como não havia muitas coisas para ver ou fotografar durante o caminho, acabamos chegando aqui ao meio dia... conhecemos este ciclista, morador local, muito simpático. Ele até queria que fossemos almoçar com ele, só que para isso teríamos de atravessar o rio de barco. Achamos complicado devido a termos marcado com o Sr. Raolino e, por esta razão, tivemos que rejeitar, com o coração partido, pois gostaríamos muito de ter ido.

 

Como está cedo, continuamos dando uma voltinha pela represa e nos encantando com as imagens que vão surgindo a nossa frente.

Já que vamos ter de esperar, achamos um cantinho para fazer nosso piquenique. 

Já tinha lido naquele mesmo blog, que descreveu de forma tão poética a subida dos anjos, uma descrição sobre a chegada na casa da família Duwe, que dizia o seguinte: 

'Na Barragem do Pinhal o Sr. Raulino Duwe vem nos buscar de barquinho (que agora tem até motor!).  Ali provamos uma certa sensação de isolamento, e também da simplicidade dos Duwe, pessoas pra lá de tranqüilas.' 

Pontualmente às 15 hrs, partimos para o ponto de encontro e fomos recebidos por Sr. Raolino. Por sorte, como o tempo está bom, atravessamos a represa de barco... que momento maravilhoso! 

A família cuida de nós com um zelo e carinho de arrepiar, parece que fazemos parte deles... Assim que chegamos, vamos conhecer o chalé dos sonhos onde vamos ficar. Casa e lugar paradisíaco! Lembro-me ter andado as voltas, de boca aberta, com a câmera, sem conseguir dizer muita coisa... apenas olhava, fotografava e sorria para meu marido.

 

Visão da janela de nosso quarto

Visão da sacada

Após estarmos estabelecidos, via sacra Banho / Lavar roupa, Filipe aproveitou para dar uma geral nas bikes

Como me sinto cansada... tento relaxar um pouquinho (detalhe do gelo no joelho)

Após isso, descemos até a casa de nossos hospedeiros e jantamos. Soubemos que estão hospedados aqui um casal de Florianópolis, que teria feito o caminho a uns dois anos atrás. Gostaram tanto do local que voltaram para passar o final do ano por aqui. Como não terminaram o caminho, da outra vez, decidiram sair hoje para concluí-lo. É uma pena que não deixaram para fazer isso amanhã, pois assim, teríamos companhia. No entanto, eles acabaram se perdendo e voltando após andar 71 km. A Bê, esposa do Tarsis, estava muito cansadinha. Ao chegar, deu um 'oi' e foi descansar. Cogitam até ir novamente amanhã, fico feliz, quem sabe assim iremos juntos! Voltamos ao chalé para descansar, mas não me sinto bem... acho que preciso descansar... 

Não preciso nem dizer, que até agora, nada do meu Quebra-Nozes...

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